A criança birrenta e teimosa

A birra é uma fase normal, pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas e em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.Como tratar uma criança nesta fase?Considere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e a seu filho durante esta etapa.

1. Não se ofenda por esta fase normal.Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor.

2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.

3. Dê a seu filho outras opções.Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?" Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.

4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opçãoAs regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.


5. Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.


6. Elimine as regras excessivas.Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo o que tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.


7. Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho comece a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo.


Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.- Tiver outras perguntas ou preocupações.




A Criança Hiperativa

Trechos extraídos do site boasaude.uol.com.br.

O distúrbio do déficit de atenção/hiperatividade é o distúrbio de saúde mental mais comum nas crianças. Seus principais sintomas são a dificuldade em prender a atenção, a hiperatividade e a impulsividade. Seu tratamento pode envolver diversas modalidades, mas é sempre importante que os pais e professores também recebam apóio para lidar com suas crianças.
Em cerca de 70% dos casos, o DDAH é hereditário, principalmente entre os meninos. As pesquisas continuam a se esforçar para encontrar porque esse distúrbio ocorre em algumas crianças, sem história familiar. Alguns fatores que podem contribuem com o risco de DDAH incluem:
Abuso de substâncias durante a gravidez
Tabagismo durante a gravidez
Algumas doenças durante a gravidez
Um trabalho de parto longo e difícil
Falta de oxigênio para o bebê durante o nascimento.
O cordão umbilical ao redor do pescoço do bebê durante o nascimento.

Quais são os sintomas?
A hiperatividade, usualmente aparece aos 2 ou 3 anos de idade ou até a primeira série. Os principais sintomas são:
Problemas de concentração e falta de atenção. As crianças e adolescentes com DDAH mudam de atividade muito rapidamente, freqüentemente não terminam o que começaram. Eles também se distraem muito facilmente por barulhos ou outras coisas ao seu redor.
Impulsividade. As crianças com esse sintoma freqüentemente reagem rapidamente sem pensar nos resultados. Eles também são impacientes e tendem a interromper outras conversas e começam tarefas sem nenhum planejamento.
Hiperatividade (movimento excessivo). As crianças hiperativas são excessivamente inquietas. Quase nunca se sentam, e quando sentam, elas usualmente mexem-se ou jogam as coisas.
Sintomas comumente relacionados são:
Dificuldade em organizar tarefas e projetos
Dificuldade em se acalmar à noite para dormir.• Problemas sociais por ser agressiva, barulhenta, ou impaciente em grupos.

Como é diagnosticado?
O pediatra da criança irá questionar sobre os sintomas e irá observar o comportamento da criança, com relação ao DDHA. Para diagnosticar o DDAH, deve estar claro que os sintomas persistem e interferem de forma importante na vida diária da criança. Os pais e professores da criança podem colaborar através do preenchimento de questionários, para a identificação dos sintomas na criança. A criança poderá ser avaliada por um psicólogo ou outro profissional de saúde mental, para a realização de testes de atenção e autocontrole.
Não há testes físicos tais como exame de sangue ou tomografias de cérebro disponíveis, para ajudar no diagnóstico do DDAH.
Existem 3 formas de DDAH:
DDAH combinada. A criança apresenta todos os sintomas principais: falta de atenção, impulsividade e hiperatividade.
Predominantemente falta de atenção. A criança tem problemas com foco e atenção. Essa forma de DDAH freqüentemente não é diagnosticada, porque a criança é muito pouco hiperativa ou impulsiva.
Predominantemente impulsiva-hiperativa. A falta de autocontrole é o principal problema.

Tratamento
Aprendizado de novas habilidades. As crianças com DDAH aprendem a lidar com situações altamente estimulantes, que as distraem e superexcitam. Elas devem aprender a estudar em lugares silenciosos e fazer pausas freqüentes. Na sala de aula elas trabalham melhor em carteiras individuais, do que em mesas coletivas. Freqüentemente um fundo musical instrumental pode também ser útil. Crianças com DDAH necessitam de mais estrutura e rotina diária que a maioria das pessoas.
Treinamento comportamental: Programas de comportamento simples com recompensas diárias, podem ser bons para ensinar a prestar atenção por mais tempo e a se manterem assentadas.
Medicamentos: desde 1920, alguns medicamentos tais têm sido usados. Eles são estimulantes, e parece atuar sobre áreas de autocontrole do cérebro. Esses medicamentos não deprimem as crianças, mas aumentam a auto-regulação. Cerca de 70% das crianças com DDAH apresentam uma melhora com o uso desses medicamentos. Os efeitos colaterais mais comuns são a perda de apetite e problemas para dormir. A dosagem de cada criança será ajustada gradualmente, para reduzir os efeitos colaterais. Algumas vezes, os medicamentos são usados apenas nos dias em que a criança vai para a escola.

Até quando podem ocorrer os sintomas?
Os sintomas do DDAH quase sempre perduram da infância precoce até a puberdade. Entre a puberdade e a idade adulta jovem, cerca de metade das pessoas que sofrem de DDAH tem uma redução importante dos sintomas. A outra metade pode apresentar uma mudança leve ou nenhuma mudança nos sintomas na idade adulta. Ser mais paciente e conseguir permanecer sentado são as demonstrações de melhora mais comuns.

Apoio aos pais e professores
As pesquisas têm esclarecido que a inclusão dos pais, no tratamento das crianças com DDAH, é importante para se alcançar o sucesso esperado. Os professores e diretores das escolas também devem estar envolvidos.Em adição a terapia comportamental da criança, a terapia familiar pode ajudar a criança com DDAH e seus pais e irmãos a lidarem com os conflitos emocionais que quase sempre surgem no processo de manejo dessa condição.

Adolescência

Fonte: boasaude.uol.com.br
Fotos: www.sxc.hu

Adolescência é definida como o período de crescimento e desenvolvimento que ocorre entre o início da puberdade e o alcance da maturidade física e emocional.
As garotas sofrem maiores modificações durante a puberdade que os garotos, tendem a atingir a puberdade antes e levam menos tempo para chegar à maturidade. A adolescência nas meninas começa por volta dos 11 anos de idade e continua até os 16. Durante este período, a mama se desenvolve, surgem pêlos pubianos e nas axilas, e tem início a menstruação. A maioria dos adolescentes torna-se fértil nos 2-3 primeiros anos após o início puberdade.
Nos meninos, o período correspondente vai dos 13 aos 18 anos de idade. Após os 14 anos aproximadamente, os meninos são, em geral, mais pesados e altos que as meninas. As alterações físicas que fazem parte da adolescência são o aumento dos genitais, o aparecimento de pêlos pubianos, faciais e nas axilas, e a voz torna-se mais grave.
Ah, os hormônios...
As alterações hormonais despertam sentimentos sexuais e o namoro normalmente começa na metade da adolescência. As alterações hormonais também respondem por boa parte do mau humor conhecido dos adolescentes.
Os adolescentes com dificuldades de se ajustar às mudanças físicas podem se tornar depressivos, desanimados. Por outro lado, existem ocasiões onde a disposição excessiva leva o adolescente a surtos de entusiasmo.
Reações contra a autoridade são comuns: o jovem neste período freqüentemente experimenta o desejo de expressar sua própria personalidade, formar um caráter definido e provar o máximo de sensações possíveis. O atrito com os valores e padrões de comportamento preestabelecidos pelo mundo "adulto" são inevitáveis.
Quero-não-quero
A maioria dos adolescentes gosta da oportunidade de assumir responsabilidades e tornar-se mais independente. Contudo, eles podem ter dificuldades em lidar com o desafio. Em alguns momentos, podem agir de maneira independente e mais tarde terem o desejo de ser dependentes. Esta alternância é absolutamente natural, mas pode estressar o adolescente. Esta angústia deve ser reconhecida pelo adolescente ou por seus pais e tratada como algo passageiro.
O uso de cigarros, drogas e bebidas alcoólicas também podem representar uma forma de determinar independência. Mas a vontade de passar por novas experiências pode, em alguns casos, ter conseqüências mais sérias.
Arrumando as malas
A adolescência é um período de intensas mudanças. Como em qualquer outra situação de viagem ou quando estamos mudando para algum lugar, é importante incluir na bagagem tudo aquilo que será útil mais adiante.
É por isso que alguns tópicos devem ser discutidos com os pré-adolescentes. As crianças devem ser informadas sobre as mudanças que ocorrerão com seus corpos. Os adolescentes precisam de alguém para confiar e contar sobre sua relação com a família e o meio.
É importante conversar abertamente sobre os riscos do uso de cigarro, a segurança ao dirigir automóveis, o alcoolismo, o uso de drogas ilícitas e a sexualidade. O ideal é que esta informação seja fornecida por um pai ou mãe ou alguém com quem o adolescente tenha uma relação emocionalmente estável.
Os adolescentes sofrem uma pressão considerável de seu próprio grupo. O processo de amadurecimento do corpo em direção à maturidade física também pode causar algum desconforto e embaraço.
Os pais podem ajudar oferecendo compreensão, simpatia, conselhos e discussões sobre todos os problemas fisiológicos e psicológicos que acompanham este período da vida.
Os adolescentes que levam mais tempo para amadurecer, especialmente meninos, tendem a uma auto-estima menor que aqueles que amadurecem precocemente ou em uma idade média.

Adolescentes: Como Tratar a Rebeldia Normal

Fonte: Escrito por B.D. Schmitt, M.D., autor de "Your Child's Health", Bantam Books. Copyright 1999 Clinical Reference Systems. Publicado no site boasaude.uol.com.br.
Fotos: www.sxc.hu.

“A tarefa principal dos adolescentes em nossa cultura é emancipar-se psicologicamente de seus pais deixando de lado a dependência que tinha quando criança. Antes de poder desenvolver uma relação adulta com seus pais, o adolescente primeiro deve distanciar-se da forma como se relacionava com eles no passado. É normal que este processo seja caracterizado por uma certa dose de rebeldia, desafio, insatisfação, confusão, inquietude e ambivalência. As emoções geralmente estão exaltadas. As flutuações amplas do estado de humor são comuns. Na melhor das hipóteses, esta rebeldia do adolescente continuará por aproximadamente 2 anos; não é raro que persista durante 4 a 6 anos.”

As seguintes orientações gerais podem ajudar a você e a seu filho adolescente a superar esta fase difícil.

1- Trate seu filho adolescente como um amigo adulto.
Quando seu filho tiver mais ou menos 12 anos de idade, comece a estabelecer o tipo de relação que você quiser ter com ele quando ele estiver adulto. Trate seu filho da forma que gostaria de ser tratado por ele quando adulto. O objetivo deve ser fixado em muito respeito e apoio, e a capacidade de divertir-se juntos.

2- Evite a crítica naquelas situações em que "não é uma questão de vencer".
Quase todas as relações negativas entre pais e adolescentes acontecem porque os pais criticam demais os filhos. Grande parte do comportamento de um adolescente que provoca a desaprovação dos pais simplesmente reflete a concordância com os gostos atuais de seu grupo de amigos. A imersão em um grupo de amigos é uma das etapas essenciais do desenvolvimento dos adolescentes. O jeito de se vestir, de falar e agir de forma diferente dos adultos podem ajudar seu filho a sentir-se independente de você.



3- Deixe que as regras sociais e as conseqüências lhe ensinem a responsabilidade fora de casa.
Seu filho adolescente deve aprender por sua própria experiência e seus próprios erros. À medida que experimenta, aprenderá a assumir responsabilidade sobre suas decisões e ações. A mãe e o pai devem intervir apenas se o adolescente se propõe a fazer algo perigoso ou ilegal. Além do mais, o pai e a mãe devem confiar na autodisciplina do adolescente, na pressão exercida por seus amigos para que se comporte com responsabilidade, e nas lições aprendidas pelas conseqüências de suas ações.

4- Deixe claras as regras da casa e as conseqüências por não respeitá-las.
Você tem o direito e a responsabilidade de estabelecer regras com relação à sua casa e outros bens. As preferências de um adolescente podem ser toleradas dentro de seu próprio quarto, mas não devem ser impostas no restante da casa.
As conseqüências razoáveis por não respeitar as regras da casa incluem perda de certos privilégios, como por exemplo: telefone, televisão, música e usar o carro. (Mandá-lo para seu quarto não parece ser útil para os adolescentes, e o castigo físico pode se converter em uma ruptura séria da relação estabelecida entre os pais e o filho).

5- Faça com que a família participe da formulação das regras da casa.
Algumas famílias acham útil ter uma breve reunião após o jantar, uma vez por semana. Nesta ocasião, seu filho adolescente pode pedir alterações nas regras da casa ou mencionar algumas questões familiares que estão causando problemas.
Um pouco de unidade familiar funciona melhor se as decisões forem tomadas democraticamente. O objetivo da negociação deve ser que ambas as partes saiam ganhando.

6- Mantenha-se à distância quando seu filho adolescente está mau humorado.
Em geral, quando seu filho adolescente está de mau humor, não vai querer conversar . Se os adolescentes querem falar sobre um problema com alguém, geralmente será com um amigo íntimo. Portanto, nestas ocasiões é conveniente deixá-lo tranqüilo e respeitar sua intimidade. Este é um mau momento para falar com seu filho adolescente sobre qualquer coisa, não importa se é algo agradável ou não.

7- Enfoque a falta de cortesia com expressões de desagrado leves.
Os adolescentes usualmente falam com seus pais de forma descortês ou desrespeitosa. É importante que os adolescentes expressem sua ira verbalmente e que desafiem opiniões de forma lógica, pois precisam ser escutados. Espere que seu adolescente apresente sua questão de maneira apaixonada, mesmo que não seja de forma razoável. Passe por cima das minúcias - são apenas palavras. Mas não aceite comentários desrespeitosos.
Você pode responder com um comentário do tipo "Realmente dói que me desrespeite ou que não responda à minha pergunta". Diga isto o mais tranqüilamente possível.

- Achar que seu filho está deprimido, que tem tendências suicidas, que bebe ou usa drogas, ou quer ir embora de casa.
- Se seu filho adolescente estiver correndo riscos indevidos (por exemplo, dirigindo com excesso de velocidade ou de forma descuidada).
- Se seu filho adolescente não tiver amigos íntimos.
- Se o rendimento escolar de seu filho estiver caindo de forma perceptível.
- Se seu filho adolescente faltar freqüentemente à escola.
- Se as explosões de ira de seu filho adolescente são destrutivas ou violentas.
- Se considera que a rebeldia dele é excessiva.- Se seu filho adolescente alterar perceptivelmente a sua vida familiar.
- Se achar que estão aumentando suas críticas ou castigos.
- Se a relação que tem com seu filho adolescente não melhorar após 3 meses adotando estes procedimentos.
- Se tiver outras dúvidas ou preocupações.

Três mil católicos voltam à Igreja graças a um site

Trechos extraídos de blog.bibliacatolica.com.br.
Foto: Diego Henrique

Em 29 de abril de 2008, cerca de três mil católicos voltaram à Igreja Católica na diocese americana de Phoenix, graças ao trabalho do site www.CatholicsComeHome.org, que explica de maneira atrativa e simples, e através de uma série de propagandas e de respostas, a graça de pertencer à Igreja fundada por Cristo Católicos, Regressem a Casa – explica o site –, é um ministério dirigido a todos os que deixaram a Igreja Católica, por qualquer motivo. Seja por ressentimento, irritação, divórcio, isolamento, apatia, rebelião ou falta de entendimento da fé, regressar a casa nunca foi mais fácil.
Em Católicos, Regressem – acrescenta –, nós lhes prometemos que honestamente sempre diremos a verdade, sem ocultar nada. Não fugiremos de temas difíceis, nem hesitaremos em assinalar as muitas maravilhas e os aspectos milagrosos da Igreja Católica.
Também – explica o site – sinceramente rezamos para que vocês não deixem de examinar a Bíblia cuidadosamente e seus fatos históricos e que considerem sinceramente que o catolicismo é muito mais do que conheceram.

SOS Família

Retirado de "Pastoral da Família Brasil - Uma proposta de SOS Família".

Foto: Site sxc.hu

É um grupo de casais por paróquia, católicos praticantes, com experiência matrimonial estável de aproximadamente cinco anos.
O tamanho do grupo varia de acordo com a realidade paroquial, sugere-se que no mínimo sejam dois casais e no máximo 20.
É fundamental que a escolha dos casais não seja baseada apenas nas aparências, por isso é indispensável a participação do pároco na indicação final.
Podem ser casais participantes de qualquer pastoral ou movimento, dando-se preferência por aqueles que já têm alguma experiência ou carisma pelas famílias.Estes casais ficarão à disposição no dia a dia, e não necessariamente mantendo plantão em uma determinada sala ou local da paróquia, a não ser que haja muita disposição da equipe para o trabalho, porém neste caso demandará muita boa vontade e algumas despesas para manter o local sempre aberto, telefone etc.

Montagem da Equipe do SOS Família

Retirado de "Pastoral da Família Brasil - Uma proposta de SOS Família".
1) Fala-se com o pároco, dizendo da disposição e a necessidade de a comunidade ajudar casais e famílias para o bom relacionamento.
2) Com a ajuda de casais líderes da comunidade paroquial, relaciona-se os casais necessários para o trabalho, sempre em número superior ao necessário. (Não esquecer de antes de colocar o nome do casal na relação, falar com eles sobre o objetivo do grupo, a necessidade, perguntando da disponibilidade em ajudar).
3) Com a relação já enxugada encaminha-se para o pároco. Sempre com o número superior ao que se pretende no grupo final, pois o pároco que tem por obrigação do ofício conhecer melhor seus paroquianos poderá livremente excluir alguns dos casais indicados, sem necessidades de explicações ou justificativas.
4) Com a relação aprovada pelo pároco, o casal líder vai falar pessoalmente com cada um dos casais para clarear a proposta do trabalho, marcando já uma reunião para uniformizar as orientações e troca de experiências.

Que trabalho farão os casais do SOS Família


Retirado de "Pastoral da Família Brasil - Uma proposta de SOS Família".
Foto: Site sxc.hu

1) Ficarão à disposição da comunidade paroquial, geralmente fazendo o mesmo trabalho que já vêm desenvolvendo de uma forma não organizada, ajudando casais e filhos a resolver problemas familiares que na maioria dos casos é apenas falta de diálogo na família, ou ter alguém para ouvi-los.
2) Toda comunidade paroquial deve ser informada da experiência desses casais, que estarão à disposição, porém não irão à procura das dificuldades familiares. Quem tiver as dificuldades é que deverá procura-los, pois quem tem alguma dificuldade em primeiro lugar deverá querer resolvê-los. Experiências mostram que mesmo que parentes insistam para que os casais do S.O.S. busquem os problemas, não tem dado certo, porque geralmente não há abertura e acabam se metendo onde não foram chamados.
3) A publicidade com o nome, endereço e telefones dos casais do S.O.S. deverá ser feita, por exemplo, em pequenos panfletos colantes para serem colocados em pontos estratégicos da paróquia, Bancos, algumas vitrines de lojas.

Reflexão sobre o aborto

O Melhor Ginecologista

Autor desconhecido
Foto: Site sxc.hu

Uma mulher chega apavorada ao consultório de seu ginecologista e diz:
- Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente... Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...
O médico então perguntou:
- Muito bem. O que a senhora quer que eu faça?
A mulher respondeu:
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.
O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher:
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema.
E é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.
Ele então completou:
- Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em
seus braços.
Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...
A mulher apavorou-se e disse:
- Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime
- Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.

O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!

Você sabe desde quando Deus te ama?

"DESDE O VENTRE DA TUA MÃE! "


"Bem-aventurados os corações que buscam o amor em toda sua plenitude, que não têm medo de amar, de dizer "Eu te amo", e de pagar pra ver, que encaram este furacão de sensações, este vendaval de emoções, que chamamos intimamente de AMOR."

Vá para o quarto

Organização Mundial para o Fim da Punição Física
Foto: Site sxc.hu

A médica homeopata Cristina Mara Ferreira Fazilari, mãe de Andressa, 5 anos, é adepta dos combinados e abomina a palmada, mas se descontrolou uma vez. Foi quando a filha ganhou um presente de uma amiga e atirou a caixa no chão antes de abri-la ao saber que era uma roupa. "Achei absurdo", conta. Arrependeu-se e, para não extrapolar quando é enfrentada pela filha e está muito nervosa, pede que Andressa vá para o quarto, tenta se acalmar, e só depois retoma o assunto. "Esse tempo permite que a mãe retorne ao seu equilíbrio e pense numa punição pertinente", diz a psicóloga Ana Esther. Normalmente, Cristina conversa muito com a filha quando há um impasse, tenta explicar o que está errado e o porquê, mas às vezes é obrigada a apelar para o castigo. "Eu cumpro o que ameaço, sei que é para o bem dela. Prefiro isso a bater", afirma. À noite, quando coloca Andressa para dormir, faz questão de elogiar seus comportamentos positivos, mas também comenta os problemas. Com essa atitude, asseguram os especialistas, a criança aprende a tolerar melhor as frustrações em pequenas doses. "Evita que os pais, ao repreenderem o filho, sejam surpreendidos por uma explosão emocional de uma criança que é lembrada dos seus limites com pouca frequência", explica Ana Esther.
Educar sem bater dá trabalho, mas é compensador. "Forma pessoas mais conscientes", defende o psicólogo Longo. Ele compara o resultado da educação autoritária e das correntes mais liberais. É como dois adultos que param no sinal vermelho no trânsito. Aquele acostumado a só obedecer mediante punição vai parar com medo da multa. O outro, que cresceu valorizando o diálogo e compreendendo os motivos das proibições, pára em respeito à vida.
• Demonstre o que eles devem fazer. e não apenas o que não devem.
• Explique suas verdadeiras razões. 'Porque eu estou dizendo' nada ensina.
• É importante dizer sim.
• Elogie o bom comportamento e repreenda o inadequado.
• Apóie-se em recompensas como abraços e brincadeiras, e não em punições como tapas e gritos.
• Ignore pequenas bobagens. Quanto mais você ralhar, menos será ouvida.
• Quando as crianças fazem alguma coisa errada, explique-lhes como podem consertá-la.
• Mesmo que você não aprecie o comportamento do seu filho, nunca sugira que você não gosta dele.

Da cultura popular

Trechos do artigo "Um tapinha dói, sim", de Deborah Kanarek. Ilustração Ricardo Dantas

Provérbios como "pé de galinha não machuca os pintinhos" ou expressões do tipo "essa criança está precisando de umas boas palmadas" são repetidas sem nenhum constrangimento no Brasil. Em diversos países ela é proibida por lei, como na Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega, Áustria, Letônia, Croácia, Alemanha no Chipre e em Israel. Aqui, a campanha Palmada Deseduca, do Laboratório de Estudos da Criança da USP, recolheu por enquanto 150.841 assinaturas para uma petição a ser encaminhada ao Congresso Nacional na tentativa de criar uma legislação específica para a palmada. O assunto é polêmico. O método ainda tem defensores, até mesmo na literatura. Das 36 obras publicadas sobre educação familiar entre 1981 e 2000, 28% se posicionam a favor da palmada, apurou o psicólogo Longo em sua pesquisa. Esses posicionamentos têm respaldo na tradição de castigar fisicamente as crianças, trazida ao Brasil no século 16, pelos padres jesuítas, pois os índios não conheciam a palmada. Mas a punição física é antiga. Existem referências dessa forma de educar no Livro de Provérbios, no Velho Testamento e nas civilizações grega e romana.

Pais estressados

Em seu trabalho, Longo listou os principais argumentos utilizados pelos pais que lançam mão da palmada, entre eles, a necessidade de impor respeito com resultados imediatos, a crença de que a criança não tem maturidade de escutar e entender e a tentativa de evitar que ela se torne um adulto autoritário e desagradável. Há os que se acham no direito de bater porque são os provedores da criança. Mas, de acordo com especialistas, os motivos são outros. "Os pais batem porque estão estressados por trabalho, trânsito, problemas financeiros ou pelo acúmulo de problemas com a criança", diz a psicóloga Raquel. "Pais batem porque são inseguros e autoritários", diz a terapeuta familiar Verônica Cezar Ferreira. Para ela, educar dá trabalho e o adulto precisa ser firme e coerente, o que não é sinônimo de braveza nem de rigidez.
As situações que levam à palmada normalmente estão relacionadas a limites. À medida que cresce, uma enorme curiosidade impulsiona a criança a querer descobrir tudo. E os pais, alvos preferidos das experimentações infantis, têm de delimitar as fronteiras. Os especialistas sugerem que façam combinados com o filho. São como contratos, que devem ser acertados antes dos confrontos. Se seu filho teima em criar problemas na hora de vestir-se para a escola, converse antes com ele, explique a importância da pontualidade e decidam em conjunto qual será a punição caso o acordo não seja cumprido. O castigo deve ser sempre compatível com a idade e relacionado à transgressão cometida.

Um tapinha dói, sim

Mais comum do que se imagina, a palmada deseduca. Conversar é o melhor, sempre

Trechos do artigo "Um tapinha dói, sim", de Deborah Kanarek. Ilustração Ricardo Dantas
A palmada é um recurso utilizado em todas as classes sociais. "Em 99% dos lares brasileiros, as crianças já levaram pelo menos uma palmada na vida", diz o psicólogo Cristiano da Silveira Longo, que defendeu uma tese na Universidade de São Paulo (USP) sobre punição corporal doméstica de crianças. Em enquete respondida por 640 pais no site de CRESCER, 52% disseram conversar com o filho na hora de uma punição, mas, na ausência de resultados, apelam para a palmada. Outros 35% conversam e, se não surtir efeito, colocam de castigo. Apenas 12,7% não lançam mão nem de castigos nem palmadas. No livro Mania de Bater, as psicólogas Maria Amélia Azevedo e Viviane Nogueira de Azevedo Guerra realizaram uma ampla pesquisa com 894 crianças de diversas classes sociais. Mais de 50% das crianças revelaram ter apanhado em casa. Os meninos mais pobres são os que mais sofrem, cerca de 75% apanham. O estudo conclui que a palmada é a tática punitiva preferida das mães.

Círculo vicioso

Alguns pais que batem sofrem com a ambigüidade dos seus sentimentos, mas pior é a situação dos filhos que apanham. A palmada deixa cicatrizes como baixa auto-estima, agressividade, medo, insegurança e sensação de impotência. A criança experimenta dor, humilhação, tristeza, angústia, ódio, raiva e vergonha. "Toda palmada é um ato violento e a pouca força que os pais acreditam aplicar num tapa nem sempre é a mesma percebida pela criança", diz Longo. Ele ressalta que as seqüelas podem ou não aparecer em conseqüência de aspectos como o equilíbrio do ambiente familiar, a freqüência com que a criança apanha e sua personalidade. É claro que, quando batem em seus filhos, os pais não querem simplesmente humilhá-los. A palmada é dada com a melhor das intenções: educar a criança para que ela conheça seus limites e se torne um adulto responsável. Só que há outras formas de educar.
Os pais também precisam saber que ela pode provocar o efeito inverso: fazer com que a criança perca o respeito por eles. "Principalmente aquela palmadinha que não dói. A criança sente-se castigada mas não chega a ter medo da punição, o que equivale a um passe livre para transgredir", diz a psicóloga infantil Ana Esther Cunha. A palmada pode iniciar uma espiral de violência que conduz os pais às surras e aos espancamentos. "Quando a palmadinha já não surte efeito, a dose da agressão aumenta para intimidar a criança", diz Ana Esther. "A conseqüência é o medo que estimula a criança a mentir", acrescenta a psicóloga Raquel Caruso Whitaker, do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento.

Sexo no casamento: vale tudo?

Artigo do Professor Felipe Aquino
Foto: Site sxc.hu

A Igreja é muito discreta ao falar do ato sexual do casal cristão, mas não deixa de dizer, no Catecismo, que:
§2362 - “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação, pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (GS 49,2). A sexualidade é fonte de alegria e de prazer”.
“A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte.” (CIC, §2361; FC,11).
O Papa Pio XII já tinha dito há muito que:
“O próprio Criador (…) estabeleceu que nesta função (isto é, de geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa (g.m.)” (Pio XII, 29/10/1951).
O fato do sexo ser legítimo, no casamento, e só no casamento, não quer dizer que nele “vale tudo”, como se diz. Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem “tudo” em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais.
A moral católica se rege pela “lei natural”, que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Esta é a regra básica da Moral Católica. Será que, por exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza? Certamente não, no meu modo de ver.
Sabemos que é necessário e legítimo o prelúdio sexual, especialmente para a mulher atingir o orgasmo junto com o marido; mas não é necessário para isso o sexo oral ou anal, que não são naturais; o que a mulher mais precisa na verdade, para ter uma harmonia sexual com o esposo, é ser muito amada. O ato sexual não começa quando ambos vão dormir; mas desde quando se levantam para começar um novo dia.

Casais em segunda união

A orientação está na Exortação Apostólica 'Familiaris Consortio'

Trechos extraídos do artigo "Casais em segunda união", do Professor Felipe Aquino.
Foto: Site sxc.hu

São muitos os casais hoje em segunda união; pessoas que foram casadas uma primeira vez na Igreja, se separaram e se uniram a outra pessoa apenas no civil, já que não podem se casar na Igreja.
A orientação mais clara que a Igreja nos oferece sobre a situação dos casais de segunda união está na Exortação Apostólica “Familiaris Consortio” (Sobre a Família) do Papa João Paulo II, escrita após o Sínodo da Família realizado em 1980; e também no Catecismo da Igreja Católica (CIC §1652).
Antes de tudo a Igreja deseja e espera que uma vez separados os casais possam um dia se reconciliar. Ela lembra que a separação física não extingue o vínculo matrimonial e, por isso, os separados não podem se unir em nova união, a menos que o primeiro casamento tenha sido declarado nulo pelo competente Tribunal Eclesiástico do Matrimônio.
A Igreja lembra que a pessoa que se separou – se não teve culpa na separação – pode continuar a receber os sacramentos da Confissão e da Eucaristia –, se se mantiver numa vida de castidade. Sobre os divorciados que contraíram nova união, o Papa João Paulo II disse, baseando-se nas conclusões do Sínodo da Família:
“A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio”.
João Paulo II afirma também que não se pode fazer qualquer tipo de celebração em uma segunda união:
“Igualmente o respeito devido quer ao sacramento do matrimônio quer aos próprios cônjuges e aos seus familiares, quer ainda à comunidade dos fiéis proíbe os pastores, por qualquer motivo ou pretexto mesmo pastoral, de fazer em favor dos divorciados que contraem uma nova união, cerimônias de qualquer gênero. Estas dariam a impressão de celebração de novas núpcias sacramentais válidas, e conseqüentemente induziriam em erro sobre a indissolubilidade do matrimonio contraído validamente”.

Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe. Site do autor: www.cleofas.com.br

Não beber nas próximas 24 horas

Quis o destino que as vidas de Carlos e Custódio um dia se unissem. São companheiros de uma longa caminhada que se conta de 24 em 24 horas. A luta para não beber hoje o primeiro copo de vinho é o fio da navalha que os une...
Fotos: arquidiocesedebrasilia.org.br e

www1.prefpoa.com.br

"Eu não sou alcoólico, nem sou um bêbado, simplesmente gosto de beber". Esta é a frase tantas vezes repetida por quem não assume que é alcoólico e que esta é uma doença sem cura. Mata, destrói a vida de quem bebe e de quem está à sua volta. Mas o vício é mais forte que qualquer vontade de dizer não ao copo que se enche, vezes sem conta, daquele líquido que faz mal, mas sabe tão bem.
Os anos, inevitavelmente, vão passando e são dados como perdidos. O tempo passado com sobriedade é cada vez menos e o destino é o "fundo do poço".
Carlos e Custódio hoje conseguem falar das suas vidas abertamente, porque um dia tiveram a coragem de dizer basta a um copo de vinho. Encontraram uma porta aberta nos Alcoólicos Anônimos (AA), onde entraram por vontade própria com a convicção de que o copo que beberam foi o último das últimas 24 horas. Não é fácil para um homem com 45 anos falar dos piores anos da sua vida e assumir que durante esse período viveu em função da bebida, onde tudo era um esquema, uma manobra para beber só mais um copinho. "Sim fui alcoólico. Toda a minha vida girava em torno do álcool". Mas até entrar em recuperação, para o Carlos, alcoólicos eram os outros, "eu não... Ai daquele que me chamasse bêbado".
O seu percurso no mundo do álcool, recorda, começou aos 15, 16 anos, quando bebia uma imperial com os amigos. No entanto, havia uma diferença. Carlos, diz, sem hesitar, "era um sinal. Não percebi. Enquanto os outros bebiam duas imperiais eu já ia à terceira. Diziam-me não bebas tanto..."
A bola de neve foi crescendo, girando à sua volta sem sentido e Carlos não se apercebia de nada. Chegou ao ponto de logo de manhã ter de beber álcool para conseguir fazer a barba. São momentos que nunca mais se esquecem e outros que recorda com mágoa. "Até ao nascimento do meu primeiro filho as coisas iam andando. Bebia ao almoço, durante a tarde aguentava-me e à noite não bebia assim tanto". Mas a bebida tomou conta de si, tornou-se arrogante, o tipo de quero, posso e mando. A vida familiar, nestas circunstâncias, nem sempre foi um mar de rosas. Carlos tem dois filhos e afirma que nunca foi violento para eles, no entanto é com mágoa que diz que "os marquei e ainda hoje tento reparar os danos que lhes causei. Na altura, comprava os meus filhos para conseguir estar bem e poder ter liberdade. A minha mulher soube protegê-los de mim, mas há marcas que não se apagam".
Carlos usa uma expressão que define os seus sentimentos: "A minha mulher adoeceu com a doença do marido. Aturar uma peça destas não é fácil". Na parte final do seu alcoolismo Carlos bebia solitário. Ia para casa só para dormir. A sua vida era passada a dois, entre ele e a garrafa e muitas vezes as lágrimas. "Nos últimos tempos do meu alcoolismo já não saía da garagem. Era ali que eu estava, no fundo do poço".
Um dia houve um clique na cabeça do Carlos. Pelas mãos da médica de família entrou nos Alcoólicos Anônimos, onde assistiu a reuniões e partilhou a sua força, a sua experiência com alguém que tem o mesmo problema que ele. O único requisito para ser membro é simplesmente ter o desejo de parar de beber, que depende, única e exclusivamente, da vontade de cada um.

"A água é hoje uma companheira"

Custódio tem um percurso de vida semelhante ao do Carlos. O álcool foi um companheiro inseparável de todos os dias. Beber foi a razão da sua vida. Hoje Carlos consegue reconhecer que teve duas fases no seu alcoolismo. A primeira começou de uma forma social, bebia na companhia dos amigos. Mas a palavra parar não fazia parte do seu vocabulário e bebia cada vez mais. Até que um dia, por motivos de saúde, foi obrigado a deixar a bebida.
Durante seis anos não tocou numa gota de álcool. Custódio recorda: "Um belo dia deram-me ordem para beber um copinho à refeição. Tive uma recaída. Primeiro bebia um copinho de manhã, outro à tarde e rapidamente comecei a beber sem parar". A mulher pedia-lhe para deixar a bebida. O marido prometia que no dia seguinte já não ia beber. Promessas que caiam em saco roto. A sua relação de 30 anos esteve à beira do final. Na primeira vez que entrou nos AA fê-lo pelas mãos da filha e um pouco contra a sua vontade. O vício era mais forte. Não queria parar de beber e inevitavelmente voltou a ser alcoólico... Depois de bater no fundo do poço, abriu os olhos e regressou. É com alegria e com um profundo sentimento de vitória que Custódio afirma: "Já lá vão umas 24 horas sem tocar no primeiro copo".
A questão do tempo fazia confusão a este alcoólico em recuperação. Hoje, aos 62 anos, percebe que a vida que levou não tinha significado. "Fui uma pessoa violenta verbalmente. Fiz muita coisa que não devia ter feito muitos esquemas para beber sem ninguém a chatear-me..." A água é hoje uma companheira inseparável das refeições. "Não gosto muito, mas também bebo sumos. Já não me faz diferença. Hoje vejo a bebedeira dos outros, vejo as figuras que fazia..."
Tanto Carlos como Custódio estão em recuperação há 24 horas. É assim que se mede o tempo da abstinência total. "Só conta o dia de hoje. Passei-o sem beber, é ótimo. Amanhã logo se vê". Os momentos têm de ser vividos aos poucos, porque uma recaída depende apenas de um sentimento, de raiva, de descontentamento, uma frustração, um desgosto. E atualmente, estes homens têm perfeita consciência disso. A linha que os separa do copo de vinho é invisível.
O alcoolismo é uma doença incurável, progressiva. Estas pessoas não estão curadas, simplesmente têm o vício sossegado, adormecido. "Se eu não me meter com ele, ele não vem ter comigo", concluiu o Carlos.
A felicidade é agora um conceito bem diferente na vida destes homens que afirmam: "Depois de conhecer os Alcoólicos Anônimos é que conheci o sentido da palavra felicidade. Hoje sou feliz".

A Família Contemporânea e Uso de Drogas Ilícitas


Trechos extraídos do artigo "A Família Contemporânea e Uso de Drogas Ilícitas", do Terapeuta Ocupacional Edyr Marcelo Costa Hermeto. Especialista em Saúde Mental e Mestre em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará(UECE).
Fotos: Site sxc.hu e artigonal.com

No contexto social atual, porem a família passa por modificações quanto aos papéis atribuídos ao homem e à mulher. Essa redefinição das relações de papéis transforma a família conjugal moderna, levando uma redefinição não só da relação entre classes, mas também das relações de gênero.
Essas transformações provocaram mudanças significativas que redefiniram as funções e papéis sociais e individuais em diferentes níveis – econômico, político, social e cultural – implicando também novos tipos de identidades individuais.
Dentre essas mudanças, temos como conseqüência o surgimento de conflitos entre o individual e o coletivo, uma vez que a mulher passou a ter aspirações e a construir uma identidade não mais ligada exclusivamente aos filhos e ao marido, a quem até então estava subordinada e a quem cabia a provisão familiar. As relações assumiram, assim, novas formas mais flexíveis e heterogêneas e os fundamentos de legitimação das famílias foram, então, se redefinindo.
nas famílias ditas saudáveis, observam-se à cooperação mútua, afeto, apoio e proteção. É grande a probabilidade de um indivíduo vir a ter uma personalidade bem estruturada, sentindo-se seguro. É no seio dessa instituição social que o indivíduo aprende e começa a perceber seus valores e, por conseguinte, a socialização. É a primeira referência do homem no mundo em que vive, é nela que o indivíduo se espelhará para que elabore seus conceitos sociais saudáveis.
nas famílias desestruturadas, observam-se pais que usam drogas, ainda que lícitas ou ilícitas, ou que são tolerantes com o consumo pelos filhos, pode constituir um fator de risco para a dependência química. Da mesma forma, um ambiente familiar dominado por conflitos ou pela falta de critérios no estabelecimento de regras, assim como o desinteresse dos pais por aquilo que os filhos fazem, também representa fatores de risco.
Nas famílias atuais, a produção de valores, universalizados através dos meios de comunicação e associados às experiências históricas e culturais do indivíduo, significa determinadas formas de expressão nos diferentes segmentos da sociedade. O desejo e a necessidade de pertencer a uma ordem sociocultural mais ampla do que aquela permitida pela realidade imediata, isto é, de seguir um modelo que se tornou referencial para o conjunto da sociedade como ideal de vida, pode levar o sujeito a adotar diferentes formas de comportamento, em busca da superação das fronteiras de um cotidiano que já não satisfaz a ele.

A fidelidade começa no namoro


Trechos extraídos do artigo "A fidelidade começa no namoro", do Professor Felipe Aquino.
Fotos: Nathalia Cavalcante e divulgação Canção Nova
O amor é uma decisão. Quando você sobe ao altar para se casar, você diz que jura ser fiel, na saúde, doença, amar e respeitar todos os dias da sua vida, e não é uma declaração poética, mas um juramento de fidelidade até o último dia da sua vida. O jovem que não é fiel no namoro, então não será no casamento também.É o amor que constrói, o amor não é egoísta, mas tudo suporta, tudo espera, esse é o amor de Deus, não o amor dos homens, ou das telenovelas. São Paulo compara o amor dos maridos com o amor que Cristo tem pela sua Igreja.Deus não nos fez livres para fazer o mal, mas para fazer o bem. Se a liberdade não respeitar dois vínculos, que é a verdade e a responsabilidade, então não é liberdade é loucura. Livre é aquele que luta contra o pecado. Para ajudar o outro a crescer é preciso ser livre. Quem não é livre é egoísta.
A Igreja ensina que o sexo tem duas funções, unitiva e procriativa, mas antes disso é preciso unir as vidas, é preciso colocar uma aliança no dedo e prometer fidelidade todos os dias da vida. Depois de colocar a aliança no dedo aquele homem é da mulher e a mulher é do homem.E muitos perguntam: Eu amo meu namorado, por que não posso ter vida sexual com ele? Primeiro porque a lei de Deus não quer. E porque Deus não quer é porque Ele não é bom? Não! É porque não é bom, e isso tem um nome: Isso se chama fornicação, e é pecado grave. Duas pessoas solteiras que se relacionam sexualmente, a Igreja chama de adultério ou fornicação. Como cristão católico, você não pode, porque para nós o que vale é a Palavra de Deus.

A FAMÍLIA E AS DROGAS

Como ajudar os filhos?
Trecho do artigo de Nilo Momm.
Membro da Comissão Nacional daPastoral da Sobriedade – C.N.B.B.
Contato: nilomomm@ig.com.br
Foto: Dilvulgada no site sxc.hu

Afeto: Manifestações de carinho e amor são sempre bem vindas. Abrace, beije, incentive os filhos, mesmo em público. Fortaleça os vínculos entre os membros da família, incentivando o clima de afetividade, sinceridade e companheirismo entre todos.
Ambiente: Reduza a influência negativa que possa vir de outros grupos. Faça com que o ambiente familiar seja atrativo e aconchegante. Faça com que seu filho se sinta bem em sua própria casa.
Diálogo: Ache tempo para conversas e consultas freqüentes sobre qualquer assunto. Reserve um tempo especial para cada membro da família. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e aberto. Converse com seus filhos sobre o consumo de álcool e de outras drogas, mas também sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses.
Exemplo: Álcool e cigarro são drogas lícitas, mas evite consumi-las, se não quiser estimular os filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos. Mesmo que os contestem ou questionem, terão nos pais os melhores exemplos e guias.
Liberdade: Mais autonomia significa maior capacidade de decisão. Incentive a responsabilidade de cada um. Respeite os valores e os sentimentos de seu filho. Evite criticá-lo o tempo todo.
Modelo: Cuide para que a relação com os filhos seja fundamentada na confiança e no respeito. Isso cria um modelo de comportamento para eles. Os jovens precisam de bons modelos.
Ocupação: Encoraje as atividades criativas e saudáveis de seus filhos, ajude-os a lidar com as pessoas de seu meio, motive-os a tomar decisões, ensine-os a assumir responsabilidades e estimule-os a desenvolver valores fortes e o senso crítico diante das mais diferentes situações, inclusive das drogas.
Participação: Tome decisões em conjunto, assim todos percebem que suas opiniões e pontos de vista são respeitados.
Presença: Reforce as relações familiares, participe mais das atividades dos filhos. Cresça com seus filhos.
Prevenção: Explique sempre aos filhos quais são os riscos do uso de drogas. Ensine-os a não experimentá-las.
Princípios: Evidencie os princípios espirituais, em contraposição aos valores materiais.
Regras claras: Imponha limites. Quando fizer alguma proibição, não deixe dúvida sobre suas razões. O amor de pai e de mãe precisa ser exigente. Esse amor acompanha, coloca limites, exige comportamentos, orienta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de fraqueza. Confie em seus filhos.